O problema da arbitragem no Brasil residiu exatamente aí: Vincular a
arbitragem , no caso específico de direção, com cargo político. Estou envolvido
com a arbitragem de polo aquático no Brasil desde 1978 e posso afirmar que
política e arbitragem são como agua e azeite , isto é não podem se misturar, e
quando algum químico ou “alquimista” tenta ,com certeza estará fadado ao
insucesso .
Assumi em 1988 o primeiro cargo de Diretor de Arbitragem da então recém,
rebatizada CBDA, cargo então não remunerado. Nesta época a CBDA tinha também um
Diretor Geral de Arbitragem , o Sr. Rubem Marcio, Ex- Presidente da
antiga CBN e árbitro FINA, e que mantinha como regra geral que o Departamento
de Arbitragem fosse totalmente independente das Demais Diretorias Técnicas da
CBDA, evitando assim a exposição do departamento.
Pois bem, foram alguns anos se mantendo assim até que novos rumos foram
dados a arbitragem de polo aquático , criou-se nova Diretoria que com o passar
dos anos se viu envolvida cada vez mais com políticas e interesses pessoais do
que com o próprio desenvolvimento da arbitragem Brasileira .Árbitros foram de
certa maneira forçados a abandonar e muitos do que hoje sobraram e que estão
aqui até hoje foram perseguidos. ( INFELIZMENTE A MEMÓRIA DE ALGUNS É MUITO
CURTA OU CONVENIENTEMENTE CURTA !).
Sem o mínimo constrangimento posso afirmar que “ briguei, ao pé da letra
“ para que todos estivessem atuando hoje.
Discordo também que não possa haver punições ou afastamentos, nestes
últimos anos afastei árbitros de competições ou coloquei-os em jogos de menor
expressão (ISTO ACONTECE ATÉ NOS JOGOS OLÍMPICOS ,NÃO É MESMO?) mas que
continuam atuando e superaram os erros e seguiram em frente como qualquer bom
profissional de qualquer área o faz.
Hoje assumo um cargo de Coordenador de Arbitragem ( recebendo para isso
) e consigo um bom entrosamento com ao árbitros, mas garanto que sob a minha
direção nenhum deles mantem ou manterá algum tipo envolvimento político e
principalmente pessoal com qualquer entidade. Na minha opinião , Diretores de
arbitragem ,Coordenadores e Árbitros somente tem a obrigação de serem educados
e cordiais ,o que passar disso com certeza também ultrapassará o limite da
ética.
Roberto Cabral
UANA TWPC ,Chair
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