quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Arbitragem no Brasil



O problema da arbitragem no Brasil residiu exatamente aí: Vincular a arbitragem , no caso específico de direção, com cargo político. Estou envolvido com a arbitragem de polo aquático no Brasil desde 1978 e posso afirmar que política e arbitragem são como agua e azeite , isto é não podem se misturar, e quando algum químico ou “alquimista”  tenta ,com certeza estará fadado ao insucesso .
Assumi em 1988 o primeiro cargo de Diretor de Arbitragem da então recém, rebatizada CBDA, cargo então não remunerado. Nesta época a CBDA tinha também um Diretor Geral de Arbitragem  , o Sr. Rubem Marcio, Ex- Presidente da antiga CBN e árbitro FINA, e que mantinha como regra geral que o Departamento de Arbitragem fosse totalmente independente das Demais Diretorias Técnicas da CBDA, evitando assim a exposição do departamento.
Pois bem, foram alguns anos se mantendo assim até que novos rumos foram dados a arbitragem de polo aquático , criou-se nova Diretoria que com o passar dos anos se viu envolvida cada vez mais com políticas e interesses pessoais do que com o próprio desenvolvimento da arbitragem Brasileira .Árbitros foram de certa maneira forçados a abandonar e muitos do que hoje sobraram e que estão aqui até hoje foram perseguidos. ( INFELIZMENTE A MEMÓRIA DE ALGUNS É MUITO CURTA OU CONVENIENTEMENTE CURTA !).
Sem o mínimo constrangimento posso afirmar que “ briguei, ao pé da letra “ para que todos estivessem atuando hoje.
Discordo também que não possa haver punições ou afastamentos, nestes últimos anos afastei árbitros de competições ou coloquei-os em jogos de menor expressão (ISTO ACONTECE ATÉ NOS JOGOS OLÍMPICOS ,NÃO É MESMO?) mas que continuam atuando e superaram os erros e seguiram em frente como qualquer bom profissional de qualquer área o faz.
Hoje assumo um cargo de Coordenador de Arbitragem ( recebendo para isso ) e consigo um bom entrosamento com ao árbitros, mas garanto que sob a minha direção nenhum deles mantem ou manterá algum tipo envolvimento político e principalmente pessoal com qualquer entidade. Na minha opinião , Diretores de arbitragem ,Coordenadores e Árbitros somente tem a obrigação de serem educados e cordiais ,o que passar disso com certeza também ultrapassará o limite da ética.

Roberto Cabral
UANA TWPC ,Chair

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